Preciso, forçosamente, extrair os
tormentos que estão na minha mente, preciso de uma chave inglesa, ou
o que seja, para que os tormentos saiam. Mas que não saiam
bagunçados, preciso deles organizados, preciso entendê-los. Os
demônios do homem sempre o atrapalharam, na maioria das vezes
fugimos e, na tentativa de extingui-los, esquecemos, e repetimos nas
próximas vezes o mesmo processo. No entanto, não quero apenas
fugir, nem extinguir, quero entender, mas sinto o limite que percorre
todo o meu intelecto. Ao mesmo tempo que extinguir soa como uma
alternativa plenamente confortável, me vem na cabeça a inabilidade
que poderei estar me sujeitando, uma inabilidade que me expõe à
covardia, porque ser corajoso, nesse contexto, não parece atraente.